ESTUDO da Resistência Não Drenada de Solos Moles Através de Ensaios de Laboratório Não Convencionais

Nome: SILVIA GOMES FERNANDES POLIDO LEMOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/12/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
PATRÍCIO JOSÉ MOREIRA PIRES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BRUNO TEIXEIRA DANTAS Examinador Interno
PATRÍCIO JOSÉ MOREIRA PIRES Orientador
ROMULO CASTELLO HENRIQUES RIBEIRO Examinador Interno

Resumo: A variabilidade natural do subsolo torna complexo o conhecimento das propriedades do solo para elaboração de projetos geotécnicos de engenharia, sendo a determinação da resistência ao cisalhamento não drenada um parâmetro importante para análises de estabilidade em solos moles. Os ensaios de cone e palheta de laboratório, não convencionais na prática da investigação geotécnica brasileira, e os ensaios de palheta e piezocone, de campo, e compressão simples e triaxial não adensado e não drenado, de laboratório, já consolidados na prática da engenharia geotécnica brasileira e mundial, foram utilizados para mensurar a resistência não drenada de uma camada de argila marinha mole localizada na planície costeira central brasileira. Os ensaios de laboratório foram realizados em amostras indeformadas coletadas com amostradores de pistão estacionário em vertical próxima a realização dos ensaios de campo. O site foi investigado preliminarmente por sondagens de simples reconhecimento, sendo apresentado o perfil estratigráfico por meio de modelagem computacional. Foram também realizados ensaios para caracterização física (análise granulométrica, teor de umidade, limites de liquidez e plasticidade, massa específica) e mineralógica (difração de raios X), e ensaios de adensamento para obtenção do histórico de tensões e classificação de qualidade das amostras indeformadas. Os valores de resistência não drenada obtidos pelos ensaios de laboratório foram comparados ao perfil contínuo de resistência determinado empiricamente pelo ensaio de piezocone, com fator de cone Nkt calibrado pelo ensaio de palheta de campo, apresentando boa concordância, com a variabilidade natural do solo influenciando de forma preponderante a qualidade das amostras na variação entre os resultados. Os valores de resistência obtidos pelos ensaios de cone e palheta de laboratório foram comparados entre si, apresentando excelente compatibilidade. Ambos, quando comparados ao ensaio de palheta de campo, não apresentaram boa concordância. Os resultados resistência obtidos pelos ensaios de compressão simples e triaxial apresentaram boa compatibilidade com os resultados do ensaio de cone, o que não ocorreu com os resultados do ensaio de palheta de laboratório. Na comparação entre a resistência normalizada pela tensão de sobreadensamento obtida pelos diversos métodos e algumas correlações empíricas da literatura internacional, foi observado para as amostras de solo com índice de plasticidade superior a 60% boa concordância com as correlações de Mesri (1975) e Jamiolkowski et al (1985). Os ensaios não convencionais apresentaram confiabilidade e acurácia, que aliado a simplicidade e agilidade de execução, justificam a difusão destes na prática da investigação geotécnica brasileira como método alternativo para complementar e dar suporte as estimativas do parâmetro de resistência não drenada para solos moles.

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