Avaliação de Pastas e Argamassas com Incorporação do pó de Despoeiramento da Escória KR como Material Cimentício Suplementar.

Nome: LAYLLA VIDOTTO DE MELLO

Data de publicação: 26/02/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AFONSO RANGEL GARCEZ DE AZEVEDO Examinador Externo
PATRICIO JOSE MOREIRA PIRES Examinador Interno
RAFAEL DORS SAKATA Coorientador
RONALDO PILAR Presidente

Resumo: DE MELLO, Laylla Vidotto. Avaliação de pastas e argamassas com incorporação do pó de despoeiramento da escória KR como material cimentício suplementar. 2025. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2025.
As usinas siderúrgicas produzem quantidades consideráveis de resíduos sólidos, entre eles, a escória KR, que é uma das escórias de dessulfurização, gerada no tratamento preliminar do ferro fundido. Tendo em vista, que a produção de clínquer e cimento constitui uma fonte significativa de emissões antropogênicas de CO2 no mundo e sabendo que não é possível parar a produção destes materiais, uma opção seria se concentrar na reciclagem de resíduos industriais, que é outro problema ambiental, como uma solução alternativa para o problema atual. Dessa forma, sabendo da disponibilidade do resíduo e da crescente busca por aglomerantes alternativos, este estudo se propôs a analisar a viabilidade da utilização do pó de despoeiramento do basculamento da escória KR, denominado KRP, em substituição a escória granulada de alto forno, em materiais cimentícios, a fim de se verificar os efeitos causados na matriz cimentícia, no que tange as propriedades físico-mecânicas e microestruturais. As argamassas e pastas foram produzidas com cimento Portland CP V, escória granulada de alto forno e teores de 0, 5, 10 e 15% de KRP, em substituição a escória granulada. Também foram preparadas misturas contendo 15% de escória KR moída. A relação água/aglomerante estabelecida foi de 0,35 para as pastas e 0,48 para as argamassas e utilizou-se ainda areia normal para as argamassas. Realizou-se então, a caracterização dos materiais cimentícios suplementares sob aspectos físico-químicos, mineralógicos e microestruturais, por meio do uso de técnicas microestruturais como a fluorescência de raios-X (FRX), difração de raios-X (DRX), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e ensaio de reatividade R3, além dos ensaios de massa específica, resíduo insolúvel e granulometria a laser. As pastas, foram submetidas a ensaios de calorimetria isotérmica e análise mineralógica pela DRX, utilizando o método de Rietveld para quantificação das fases nas idades de 7, 28 e 91 dias. As argamassas foram avaliadas quanto a resistência mecânica à compressão aos 7, 28 e 91 dias. Pode-se observar que a incorporação do KRP retardou o processo de formação de etringita e promoveu a formação do produto C-S-H na cinética de hidratação das pastas, além de promover a diminuição da quantidade de portlandita em algumas pastas e aumentar a resistência mecânica à compressão, principalmente, aos 7 e aos 28 dias. Com base nos resultados, observou-se que o KRP possui potencial para ser uma alternativa viável para produção de argamassas, com substituições de até 15% da escória granulada de alto forno pelo KRP, apresentando um bom desempenho, principalmente em termos de resistência mecânica.

Acesso ao documento

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910