Análise Numérica da Compartimentação Vertical em Edifícios de Múltiplos Andares em Situação de Incêndio
Nome: JAETE CORRÊA JÚNIOR
Data de publicação: 06/12/2023
Banca:
Nome | Papel |
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GEILMA LIMA VIEIRA | Examinador Interno |
GEORGE CAJATY BARBOSA BRAGA | Examinador Externo |
JOAO VICTOR FRAGOSO DIAS | Coorientador |
MACKSUEL SOARES DE AZEVEDO | Presidente |
Resumo: Os incêndios causam grandes transtornos e prejuízos, sendo a compartimentação vertical uma medida de controle que pode ser empregada por meio de anteparos. No Brasil, não existem normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas sobre o tema, ficando a cargo de cada estado a elaboração de suas próprias instruções técnicas, que são pautadas em consenso técnico e ocasionalmente não possuem embasamento científico. Por esse motivo, as pesquisas experimentais e numéricas têm papel fundamental para o avanço científico do tema. A presente pesquisa visa analisar numericamente, com o auxílio do programa computacional Fire Dynamics Simulator (FDS), a eficácia da utilização de anteparos horizontais e somatório de anteparos dispostos na Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo no combate à propagação de incêndio vertical externo à fachada. Para isso, foram utilizadas medições de temperaturas e de fluxos de calor na fachada, comparando com os valores de autoignição de materiais presentes em pavimentos superiores da edificação. Os principais resultados indicam que os anteparos verticais na fachada do mesmo compartimento incendiado influenciam na elevação da temperatura do pavimento superior, bem como as taxas de aberturas nas fachadas, uma vez que menores taxas de aberturas apresentam maiores temperaturas. Os modelos somente com anteparos horizontais apresentaram maior eficácia em relação aos modelos com somatório de anteparos, sendo que a presença da parcela de anteparo vertical faz com que o incêndio se projete próximo a edificação aumentando a temperatura no pavimento superior. Apesar dos modelos por somatório de anteparos não terem a mesma eficácia para um incêndio com carga de incêndio de 300 MJ/m² não haveria propagação de incêndio vertical externo, em razão das temperaturas na fachada do pavimento superior serem incapazes de causar autoignição de materiais costumeiramente encontrados nas fachadas de edificações.