Planejamento do Transporte de Maquinistas para Atendimento Ás Locomotivas Acopladas em Trens
Nome: RAFAELA PIANCA DE CASTRO ALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/08/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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RODRIGO DE ALVARENGA ROSA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ELCIO CASSIMIRO ALVES | Examinador Interno |
GERALDO REGIS MAURI | Examinador Externo |
LEANDRO COLOMBI RESENDO | Examinador Externo |
RODRIGO DE ALVARENGA ROSA | Orientador |
Resumo: Para assegurar o transporte ferroviário, vários processos são necessários, dentre eles
destaca-se o transporte de maquinistas para atendimento às locomotivas acopladas
em trens, pois garante a disponibilidade de um maquinista para condução do trem. O
transporte ocorre para a substituição do maquinista em fim de escala por um
maquinista iniciando escala. Assim, deve-se fornecer transporte para o maquinista de
seu ponto de descanso até o local do trem e vice-versa. O planejamento desse
transporte deve considerar os requisitos operacionais e legais da profissão de
maquinista. Como requisito operacional, pode-se citar, que a troca usualmente ocorre
em pátios ferroviários. Como requisitos legais, os maquinistas trabalham sob a CLT,
que dentre diversos pontos inclui o tempo máximo para a jornada de trabalho, o
período mínimo de descanso, dentre outros. O processo de troca de maquinistas
envolve custos relacionados ao transporte, utilização do veículo e quilômetros
percorridos, e custos relacionados a horas improdutivas, gerados quando o
maquinista não está exercendo a função de conduzir o trem no período que
compreende a sua escala de trabalho. A geração de horas improdutivas ocorre
quando o maquinista chega no ponto de troca antes de um limite estabelecido que
considera o horário de troca no trem, ou, quando, ao finalizar a escala de trabalho
embarca no veículo para regressar a seu ponto de descanso depois de um limite
estabelecido considerando a chegada do trem. Para atender tanto as necessidades
operacionais quanto legais, deve-se alocar veículos e elaborar rotas que sejam
capazes de levar os maquinistas de seus pontos de descanso até os pontos de troca
ou o inverso, ao longo da ferrovia, a um menor custo possível de transporte e
reduzindo a quantidade de horas improdutivas. Para a resolução do problema
mencionado é proposto um modelo matemático baseado no Dial a Ride Problem
(DARP). Para testar o modelo matemático proposto, o mesmo foi aplicado à região da
Estação de Costa Lacerda, em Minas Gerais, um dos maiores pátios de triagem da
Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), onde trabalham aproximadamente 100
maquinistas que fazem diversas trocas de escala diariamente. O planejamento obtido
por meio do modelo matemático obteve resultados melhores que o planejamento
realizado de maneira empírica pelos planejadores da EFVM, reduzindo os custos
relacionados ao transporte e as horas improdutivas.