Tratamento Térmico da Lama de Beneficiamento de Rochas Ornamentais. Aplicação Como Pozolana em Matrizes Cimentícias
Nome: JULIANA GAVINI ULIANA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/02/2014
Orientador:
Nome | Papel |
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JOÃO LUIZ CALMON NOGUEIRA DA GAMA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALDO GIUNTINI DE MAGALHAES | Examinador Externo |
EVARISTO NUNES FILHO | Coorientador |
FERNANDO AVANCINI TRISTÃO | Examinador Interno |
GEILMA LIMA VIEIRA | Coorientador |
JOÃO LUIZ CALMON NOGUEIRA DA GAMA | Orientador |
Resumo: Objetivando o desenvolvimento sustentável na construção civil e em diversos setores da indústria, são inúmeras as pesquisas fundamentadas nas possibilidades de utilização de subprodutos industriais aplicados em materiais de construção.
O Brasil é um importante produtor de rochas ornamentais e este processo gera um volume significativo de resíduo, principalmente na etapa do beneficiamento, com a transformação dos blocos em chapas. O desdobramento pode ocorrer em teares tradicionais, que usam lâminas metálicas regadas por uma polpa abrasiva composta de água, cal, pó de rocha e granalha de aço ou também em teares multifios com fios diamantados que cortam os blocos apenas com aspersão de água. A lama gerada neste desdobramento é separada em resíduo com granalha e sem granalha, sendo somado a este último o resíduo de polimento que são então destinados a aterros, demandando métodos de reciclagem dado seu impacto ambiental.
Esta pesquisa trata da aplicação de tratamento térmico à lama do beneficiamento de rochas ornamentais sob sua condição com granalha (LBRO G) e sem granalha (LBRO D), objetivando a produção de material pozolânico, como mais uma alternativa para reinserção deste resíduo na cadeia produtiva. Para isto, foram caracterizados e submetidos aos testes para identificação dos métodos necessários para obtenção de material vítreo, realizado por tratamento térmico e moagem.
Estes materiais produzidos foram também caracterizados e o seu comportamento mecânico foi avaliado em argamassas com substituição de material cimentício em teores de 5, 10, 15 e 20% para verificação da atividade pozolânica, comparando também com os resultados para argamassas produzidas com os resíduos sem tratamento térmico.
Pode-se afirmar que os valores encontrados de resistência à compressão axial foram promissores, tendo sido possível verificar que após tratamento térmico, o resíduo tratado se apresentou como um material com características de pozolanicidade.